Do planejamento das
peças à limpeza, passando por manuseio adequado e manutenção de dobradiças e
corrediças, os pequenos cuidados podem fazer toda a diferença na durabilidade
de seus móveis em casa.
O peso é um dos
principais aspectos a ser observado na conservação dos móveis. Com excesso, a
madeira começa a vergar, nesses casos, a tábua seja virada de baixo para cima e
o peso, é claro, reduzido. Outra dica é colocar latas, no caso do móvel da
cozinha, nas prateleiras mais baixas, pois a base costuma ter maior apoio.
A distribuição
equilibrada dos objetos nos armários também ajuda a impedir que as prateleiras
cedam. Nesse sentido, fazer mais de uma pilha de pratos, por exemplo, em vez de
colocá-los todos juntos de um lado e os copos do outro. Na hora de projetar
armário pode-se até fazer uma prateleira mais baixa, onde fiquem apenas os
pratos, para facilitar essa distribuição.
Ainda na cozinha, gavetas
de talheres resistem mais se têm as divisórias para os utensílios, pois o peso
fica distribuído. Do contrário, a tendência é que acabem concentrados na parte
central do compartimento. Use duas dobradiças (de cada lado) nos gavetões que
vão receber muito peso, para não forçar o mecanismo.
Quem pretende usar o
móvel para livros também deve projetá-los ou comprá-los com tábuas mais
espessas - se a peça já estiver pronta, é possível reforçá-las. Além disso,
vale observar o comprimento de cada prateleira, pois a partir de 80 centímetros
já é aconselhável ter um apoio extra na região central.
Manuseio
O uso diário também
pode incorporar atitudes que ajudam a conservar os móveis. Uma delas é não
bater portas e gavetas. As dobradiças das portas são concebidas para fechar em
determinado tempo, e quando se empurra com força o mecanismo é forçado a
acelerar. Nas gavetas, o impacto da batida pode, aos poucos, fazer a parte
frontal - chamada espelho ou lenço - se soltar.
No caso das portas, aconselha-se
a não soltá-las para que fechem sozinhas. A dobradiça não é preparada para
puxar todo o peso da porta, o que também causa esforço e pode danificar a peça.
Pendurar nas portas também é uma atitude que força os mecanismos e, por isso,
deve ser evitada.
Posição
O local onde estão os
móveis também influencia na sua duração. A primeira dica para escolher a
posição é buscar um lugar em que não fiquem expostos ao sol. Como a pele, a
madeira também queima e escurece quando toma muita luz. A melamina, material
que reveste o MDF e o aglomerado, sofre menos com a exposição, mas não deixa de
ser afetada, lembra o profissional. Para evitar a o excesso de sol, uma
sugestão simples: cortinas.
Mas não é só a luz que
prejudica as peças: o excesso de calor também é nocivo ao material, que perde
umidade e começa a entortar. No caso de móveis próximos a fornos elétricos,
churrasqueiras e lareiras, entre outros, deve-se ter o cuidado de preservar
certo afastamento, ou usar materiais isolantes.
O forno elétrico, por
exemplo, pode ser embutido, pois esses modelos são programados para dissipar
calor sem deteriorar os móveis. Outros modelos não devem ser colocados em
nichos de armário, pois não há espaço suficiente para ventilação. Quanto ao
micro-ondas, não há problemas, já que a emissão de calor é menor, então cerca
de cinco centímetros de folga entre o aparelho e a madeira são suficientes.
Umidade
A água também é uma
vilã dos móveis de madeira, e mais ainda dos feitos de MDF ou aglomerado. O
líquido é absorvido pelo material, que incha e, no caso dos prensados, começa a
esfacelar. E quando se fala em água, isso inclui a quantidade usada para
limpeza também, tanto do chão quando nos panos para tirar o pó: o ideal não é
jogar a água em cima, e sim umedecer um pano. A atenção deve ser redobrada no
caso dos móveis com acabamento em malamina, pois ela é colada e pode começar a
se soltar com o excesso de água.
Limpeza
O ideal para limpar
móveis é usar sabão neutro, como detergente de louças, e um pano ou esponja
úmidos. Dê preferência à esponja, porque o pano às vezes solta felpa, mas
reforça que deve-se usar o lado macio (em geral, o amarelo) do utensílio. A
dica vale para as partes em madeira ou prensados e também para puxadores e
superfícies metálicas. Para as sujeiras típicas da cozinha, a recomendação é
usar água morna e sabão de coco, com uma escova.
Não se aconselha usar
álcool, pois nunca se consegue passá-lo de forma 100% uniforme, então em
determinados ângulos têm-se a impressão de que há manchas no armário. É apenas
uma impressão, já que a melamina não sofre manchas por causa do álcool. Se o
móvel for de madeira, no entanto, pode-se manchar no acabamento - a boa notícia
é que se o etanol afetou apenas a camada externa, é possível raspar o verniz e
reenvernizar a peça.
As partes de vidro
devem ser limpas com produto apropriado, mas os especialistas reforçam o
cuidado para não usar água em excesso, o que danificaria a madeira de outras
partes do móvel. A dica é colocar o limpa-vidros no pano, em vez de no móvel em
si.
Proteção
A proteção da madeira é
dada pelo acabamento, no momento de confecção da peça, seja ele lustrado,
selador, goma-laca ou verniz, por exemplo. No caso do MDF e do aglomerado, é a
lâmina de melamina que cumpre este papel. Além da camada externa, a madeira,
como o MDF e o aglomerado, recebem tratamento anticupim e antimofo, entre
outros, antes da confecção do móvel.
Por causa dessa
"proteção de fábrica", óleo de peroba ou lustra-móveis não afetam a
durabilidade das peças, uma vez que não penetram no material. Ainda assim, os
produtos ajudam a diminuir a quantidade de poeira que se acumula sobre os
móveis.
Para as partes
cromadas, recomenda-se usar cera automotiva ou vaselina líquida, que dão brilho
e no caso das peças feitas de ferro serve também para evitar a ferrugem. Os
produtos podem ser usados também nas dobradiças de metal. A vaselina ainda
serve para corrediças e trilhos, onde ajuda na leveza do deslizamento.
0 comentários:
Postar um comentário